domingo, 17 de maio de 2009

Deixaste-me sem perspectiva de retorno. Mas teu cheiro ficou em mim, assim como a tua saudade, assim como o meu coração que bate dolorido. Fecho os olhos e te sinto perto, abro os olhos e vejo que é só uma ilusão. Maldito perfume, maldita saudade. Tenho vontade de despir-me: jogar minhas roupas ao chão, jogar tua lembrança ao chão, jogar tudo o que eu sinto ao chão. No entanto, palpita pesaroso o meu coração e me diz que não. Diz-me ele que te deixe comigo, que sinta o teu perfume nas minhas roupas, próximo ao meu peito e que te queira mais e mais. Mesmo que eu saiba que não vais voltar, ignoro a voz da razão, escuto triste ao que me diz a emoção: anseio por tua presença como nunca antes. No entanto sei que não vais voltar, sei que já não te pertenço e que jamais te possuí. Somos caminhos cruzados em vias de sentido contrário: quero dar meia-volta e me juntar a ti.


[escrito em 08 de abril de 2009.]

Um comentário: