domingo, 17 de janeiro de 2010

NOTTE BIANCA

Sob a luz da lua não era capaz de enxergar coisa alguma. Sob a tua luz somente era capaz de enxergar o meu sorriso. Debaixo do umbral estávamos as duas, meus olhos voltados pra rua, teus olhos voltados pra lua. Noites brancas nos embalavam; eu velava teu sono, sonhava teus sonhos, meus sonhos, nossos sonhos. Ah, como eu sonhava! Noites claras entravam furtivas pela tua janela, eu entrava furtiva na tua vida. Eram os raios de lua entrando pelas frestas, era eu entrando.
A lua tem medo que clareie o dia. Quando chega o sol, a lua se esconde. Eu também tenho medo que clareie o dia. E quando o sol chega, eu me escondo. Espero te observando ao longe; imaginando se teus pensamentos outrora perdidos naquela noite pouco escura agora se encontram em mim. Conto horas que passam vagarosas - Noites Brancas, venham logo! Para que eu possa mais uma vez te ter junto de mim.

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