terça-feira, 17 de novembro de 2009

No I in threesome

Este é um jogo para dois. E quem eu quero, não quer jogar comigo. Não há espaço para um terceiro, mas eu insisto.
No jogo eu roubo um beijo. Os lábios são tão doces que eu podia jurar serem feitos de mel, mas o gosto que ela sente é azedo. Meu coração bate descompassado, o dela bate seguindo a cadência de uma música triste. O seu corpo me é desejo, o meu lhe é monotonia.
Palavras de amor jogadas ao vento, confissões ditas ao pé do ouvido de ninguém, rosas enviadas sem destino.
Não adianta, as regras devem ser seguidas. Não sobrou espaço, terminei por jogar sozinha.



Texto do primeiro semestre de 2008.

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